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Estudo da livraria de D. Teodósio I (1510?-1563), 5.º duque de Bragança, efetuado com base na cópia seiscentista do Inventário de Bens da Casa de Bragança que entre os 6000 itens incluía cerca de 1600 livros. Procura traçar a fisionomia, características e linhas-de-força daquela livraria, entretanto dispersa, enquadrando-a nas dinâmicas culturais do século XVI em Portugal, designadamente das cortes régia e ducal. Apesar da informação deficiente, lacunar ou deturpada do Inventário, este estudo identifica cerca de 900 das 1600 das obras da livraria, referenciando-as a exemplares existentes nas bibliotecas patrimoniais portuguesas, em particular da Biblioteca Nacional de Portugal e da Biblioteca do Paço Ducal de Vila Viçosa. A livraria de D. Teodósio I surpreende pela atualidade, pois inclui um importante conjunto das edições mais recentes dos prelos da Europa, o que demonstra que a Casa de Bragança possuía uma rede de contactos e agentes nos circuitos europeus de aquisição do livro. Pela dimensão, variedade e atualidade, a livraria de D. Teodósio I emerge, assim, na primeira metade do século XVI, não só como a maior coleção de livros em Portugal mas como uma das grandes coleções de livros da Europa do tempo.