Este livro é sobre a educação de alunos cuja(s) língua(s) materna(s) não é/são a(s) língua(s) da escola, ou seja, a educação de alunos de língua segunda (L2) e a formação dos seus professores. Os discursos e práticas que os autores trazem para este livro sinalizam o espaço da educação de alunos de L2 e da formação de professores como um terreno fortemente contestado, apelando ao papel dos programas de formação, da reflexividade profissional e da autonomia dos professores na construção de uma outra escola para estes alunos. As relações educativas e sociais que se estabelecem nas escolas e nas comunidades refletem as relações de poder na sociedade, demasiadas vezes à custa da exclusão dos mais desfavorecidos e discriminados. A ideia-chave subjacente ao livro é a de que todas as crianças, independentemente da sua inscrição biológica, social, económica ou cultural, têm direito a uma educação de qualidade, a uma educação progressista, democrática, inclusiva e valorizadora da diversidade, ou seja, a uma educação para a justiça social.
Um dos aspetos que se avalia numa obra é a sua pertinência. E esta é uma obra muito atual e relevante num tempo profundamente marcado pelas consequências da globalização e pelas contradições e perplexidades que a envolvem. Quando se fala em globalização logo se pensa em economia e hoje, cada vez mais, em (in)justiça social. Porquê então associarmos a justiça social à língua? Porque a língua é identidade. Porque a língua é poder. Porque todos temos direito a construir e viver a nossa identidade, respeitando a dos outros. Porque, nas sociedades democráticas em que aspiramos viver, o poder tem de ser partilhado e assumido.
Isabel Alarcão
Prefácio
Isabel Alarcão
Introdução
Maria Alfredo Moreira & Ken Zeichner
PARTE I
Diversidade linguística, bilinguismo e direitos humanos
Educação através da língua dominante ou educação multilingue baseada na língua materna: Direitos Humanos Linguísticos e justiça social
Tove Skutnabb-Kangas
Educação, Multilinguismo e Translanguaging no século XXI
Ofelia García
Para uma cultura linguística de escola
Dulce Pereira
Diversidade linguística em escolas bilingues: um contributo para a justiça social?
Joana Duarte & Hans-Joachim Roth
Aprender acerca do VIH/SIDA no Uganda: os recursos informáticos e as identidades dos alunos de línguas
Bonny Norton, Shelley Jones & Daniel Ahimbisibwe
PARTE II
Formação de professores, diversidade linguística e justiça social
Formação de professores para a justiça social
Ken Zeichner
Quadro de referência para a formação linguística de professores
Tamara Lucas & Ana Maria Villegas
Abordar as línguas nos primeiros anos de escolaridade: que possibilidades de educação para a valorização da diversidade linguística?
Ana Isabel Andrade, Filomena Martins & Ana Sofia Pinho
Decisão dialogada: a construção de um discurso de justiça social na formação dos professores de línguas
Margaret R. Hawkins
Formar professores para a diversidade linguística nas escolas portuguesas: necessidades e possibilidades de intervenção
Maria Alfredo Moreira & Flávia Vieira
Pessoal
Tipo de licença
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Permissão de impressão
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Permissão de cópia
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Acesso Perpétuo
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