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Imagens de mercadorias vistosas e vulgares abundam nos meios de comunicação, reforçando uma ideologia consumista caracterizada pela crença de que a qualidade da vida quotidiana é irrevogavelmente melhorada através da criação contínua de riqueza material. Sem conseguirmos avaliar como os nossos sonhos, desejos e acções foram manufacturados e socialmente condicionados, permanecemos na escravidão da ética do consumo. Perante este cenário, é crucial que as escolas se tornem nos locais da produção do conhecimento crítico e da acção sócio-política. Qualquer instituição merecedora da designação “escola” deve formar os alunos para se tornarem agentes activos para a transformação social e para a cidadania crítica. Mais do que em qualquer outra altura da história, as práticas escolares têm de abordar as condições objectivas e materiais dos locais de trabalho e das relações de trabalho no seio do capitalismo global. Esta é uma tarefa urgente porque o desafio importante que nos espera é formar uma cidadania capaz de ultrapassar a exploração e a miséria sistémicas de tantas populações mundiais.