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Lilia I. Bartolomé desafia os leitores a reconhecerem e a enfrentarem a existência (e o vigoroso ressurgimento actual) de deficits linguísticos e culturais entre os grupos culturalmente subordinados, assim como uma miríade de formas sob as quais esta ideologia da subordinação se manifesta nas escolas. Contudo, a autora vai além da mera identificação e da crítica fundamentada das formas que assumem tanto esta ideologia discriminatória, como as práticas educativas que a têm subjacente; ela aponta-nos a direcção para orientações contra-hegemónicas, que possibilitem intervenções pedagógicas capazes de neutralizar crenças discriminatórias para alcançar uma verdadeira transformação das condições materiais nas quais ocorre a educação das crianças e dos jovens. Este livro constitui um esforço destemido para identificar as estruturas opressivas que geram a injustiça social, mas alerta também os educadores para a sua responsabilidade ética e moral na construção de uma sociedade mais justa e democrática.